- EAN13
- 9789898575517
- Éditeur
- INDEX ebooks
- Date de publication
- 27/10/2014
- Langue
- portugais
- Fiches UNIMARC
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Literatura Homoerótica Latina
critérios para uma definição - criterios para una definición (edição bilingue)
Carlos De Miguel Mora
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Livre numérique
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Aide EAN13 : 9789898575517
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É lugar-comum pensar que a literatura clássica greco-romana é abundante em
homoerotismo, e sabemos como a leitura dos clássicos influenciou pensadores e
escritores dos séculos XIX e XX como Havelock Ellis, Oscar Wilde, J. A
Symmonds, E. M. Forster, Edward Carpenter, Walt Whitman, Fernando Pessoa ou
outros. Mas será mesmo assim?
Carlos Miguel de Mora sugere os critérios pelos quais se poderá julgar o que
seria uma sexualidade socialmente aceitável na Roma Antiga, permitindo, assim,
compreender o que seria o homoerotismo: a "transgressão" à norma, do ponto de
vista do pensamento romano.
Os resultados são surpreendentes! Alguns tabus sexuais modernos seriam pura e
simplesmente inexistentes ou incompreensíveis no mundo latino; outros, como
aquilo a que hoje chamamos “sexo homossexual”, seria considerado perfeitamente
normal e socialmente aceite em certas situações da antiguidade clássica, como
neste exemplo que o autor refere: "Com efeito, (...) os escravos não são mais
que objetos, e, tendo em conta o que custavam, que o dono não os penetrasse
era para os romanos tão absurdo como seria para nós comprar um Mercedes e
deixá-lo na garagem sem o utilizar."
A leitura deste esclarecedor texto obriga-nos a refletir sobre os nossos
preconceitos relacionados com a sexualidade: muitos dos aspetos da sexualidade
"normal" da Roma Antiga são "imorais" nos nossos dias. Muita da sexualidade
“proibida” hoje seria considerada natural no mundo latino. Assim sendo, o que
muitos hoje proíbem ou condenam por contrariar o que é "natural", ou
determinado pela Natureza, e logo imutável, parece afinal não ser mais que uma
característica cultural da nossa sociedade contemporânea, e muitos dos textos
literários catalogados atualmente como “literatura homoerótica latina” não se
enquadram, de facto, nesta definição!
*[Cie]: compagnie
homoerotismo, e sabemos como a leitura dos clássicos influenciou pensadores e
escritores dos séculos XIX e XX como Havelock Ellis, Oscar Wilde, J. A
Symmonds, E. M. Forster, Edward Carpenter, Walt Whitman, Fernando Pessoa ou
outros. Mas será mesmo assim?
Carlos Miguel de Mora sugere os critérios pelos quais se poderá julgar o que
seria uma sexualidade socialmente aceitável na Roma Antiga, permitindo, assim,
compreender o que seria o homoerotismo: a "transgressão" à norma, do ponto de
vista do pensamento romano.
Os resultados são surpreendentes! Alguns tabus sexuais modernos seriam pura e
simplesmente inexistentes ou incompreensíveis no mundo latino; outros, como
aquilo a que hoje chamamos “sexo homossexual”, seria considerado perfeitamente
normal e socialmente aceite em certas situações da antiguidade clássica, como
neste exemplo que o autor refere: "Com efeito, (...) os escravos não são mais
que objetos, e, tendo em conta o que custavam, que o dono não os penetrasse
era para os romanos tão absurdo como seria para nós comprar um Mercedes e
deixá-lo na garagem sem o utilizar."
A leitura deste esclarecedor texto obriga-nos a refletir sobre os nossos
preconceitos relacionados com a sexualidade: muitos dos aspetos da sexualidade
"normal" da Roma Antiga são "imorais" nos nossos dias. Muita da sexualidade
“proibida” hoje seria considerada natural no mundo latino. Assim sendo, o que
muitos hoje proíbem ou condenam por contrariar o que é "natural", ou
determinado pela Natureza, e logo imutável, parece afinal não ser mais que uma
característica cultural da nossa sociedade contemporânea, e muitos dos textos
literários catalogados atualmente como “literatura homoerótica latina” não se
enquadram, de facto, nesta definição!
*[Cie]: compagnie
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